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CERVEJARIA BREWPOINT INOVA PARA SE ADAPTAR A PANDEMIA

Desde o início da pandemia a Cervejaria Brewpoint, de Petrópolis, vem se reinventando e investindo em ações inovadoras para superar o período mais desafiador de sua história. E não poderia ser diferente. Com uma capacidade de produção mensal de 34.000lts/mês, 7 rótulos de linha, um restaurante e 20 colaboradores diretos e 100 indiretos para manter, a cervejaria não podia parar.

Os esforços foram grandes para desenvolver novos canais de venda, conseguir matéria-prima escassa, lançar novos produtos e ampliar sua equipe interna. Ninguém achou que seria fácil, mas perder 90% de seus pontos de venda praticamente do dia para noite fez com que os sócios tirassem projetos que estavam na gaveta.

E para começar, em abril de 2020, repaginaram a fábrica e inauguraram seu taproom, iniciando o atendimento direto através deste canal. Rapidamente, ela se tornou parada obrigatória de muitos Petropolitanos nos finais de semana. Localizada próxima ao Palácio do Quitandinha e atualmente operando no formato de drive thru, a praticidade e segurança de comprar no local caiu no gosto de muitos. “Vender direto da fábrica sempre foi o nosso sonho” comenta José Renato Romão, um dos sócios da cervejaria. Em julho, inauguram a primeira loja Brewpoint Express, no bairro Bingen, apenas 4 meses depois do início da pandemia. A loja Express é outro ponto de venda direta de chope seja em copo ou em Growlers, garrafas de linha (500ml), delivery e souvenires. Além disso, são feitos petiscos de rápido preparo e sanduiches. Os clientes podem consumir os produtos no local, levar para casa ou pedir por delivery. O escoamento da produção através deste canal está sendo essencial para cobrir as perdas de vendas que tiveram com bares e restaurantes que pararam de comprar, ou que diminuíram a frequência dos pedidos. Em 8 meses, foi inaugurada a segunda loja, no bairro de Corrêas. A Brewpoint Express foi estruturada para funcionar no modelo de franquia e a expectativa é de que novos pontos sejam abertos, com a retomada da economia.

E, em tempos de escassez de insumos, principalmente de garrafas de vidro, reforçar a venda da cerveja no formato de chopp é uma estratégia de sobrevivência. Em 6 meses de pandemia, o mercado brasileiro ficou completamente desabastecido de garrafas 500ml. A Brewpoint teve inclusive que importar material para não ficar sem esse formato de produto. “Quando vimos que não havia mais garrafas no Brasil, começamos a procurar nos países vizinhos e a solução apareceu no Uruguai. Fizemos os cálculos e a viabilidade de trazê-las via terrestre em uma carreta compensava e foi essencial para suprir nossa demanda de venda para supermercados.”, conclui Pedro Henrique Neves, sócio responsável pela Logística e Compras da cervejaria.

E na corrida para se adaptar ao “novo normal”, as empresas precisaram mais do que nunca de esforço extra para manter seu público fiel e motivado ao consumo. Além disso, conquistar novos consumidores ficou mais difícil sem a realização de eventos e degustação nos pontos de venda. Nessa hora, uma boa estratégia de Marketing e Comunicação fazem a diferença. Pensando nisso, a Brewpoint investiu na contratação de um profissional para área, uma posição ainda pouco comum dentro das micro cervejarias.

A Brewpoint agora prepara-se para ampliar suas vendas para canais online, aumentar as ações de Marketing junto aos supermercados e expandir seu alcance de delivery dentro da cidade. O consumo local é de extrema importância para sobrevivência das micro cervejarias de Petrópolis. Foi criado inclusive o projeto “A União faz a Cerveja”, a qual a Brewpoint faz parte.

As cervejarias participantes vão divulgar umas às outras em seus perfis, mostrando para seus públicos que não têm “medo” da concorrência, e que de nada adianta uma delas crescer, se tantas outras estão tendo que encerrar suas atividades. É uma ação para promover todo o mercado cervejeiro de Petrópolis.”, ressalta o perfil do projeto no Instagram.

Muitos já eram os desafios para o setor cervejeiro no Brasil, com sua alta carga de impostos, matérias-primas importadas e grande concorrência e, em tempo de pandemia, os obstáculos se tornaram ainda mais altos. Para não virar vítima do vírus as cervejarias precisam inovar e se adaptar à nova realidade, pois o que tudo indica ela ainda pode demorar a passar.

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